Universidade da Nova Zelândia publica estudo sobre os métodos globais para redução de sódio

A Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, publicou um estudo que visa desenvolver um modelo de redução de sódio. O objetivo é determinar as reduções exigidas nos alimentos processados de modo a alcançar a meta sugerida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consiste em reduzir para 2.000mg diárias o consumo de sal da população global. Atualmente, na Nova Zelândia, o consumo diário de sal é de 3.373mg. Já no Brasil, são consumidas 12.000mg de sal por dia, mais que o dobro do que é sugerido pela OMS.

O plano da OMS foi estabelecido em 2013, com o objetivo de reduzir em 30% o consumo de sal em todo o mundo até 2025. Até o momento, pelo menos 75 países respondem ao plano desenvolvendo estratégias para reduzir o consumo de sódio. O material, publicado em agosto de 2016, menciona que a Nova Zelândia estaria mais próxima de alcançar essa meta se houvesse a redução de 36% do teor de sódio dos alimentos processados em conjunto com uma redução de 40% do que é consumido fora de casa, reduzindo então 35% do total de sal ingerido pela população deste país.

Considerando que o consumo excessivo de sal é um dos principais fatores de risco à saúde e está entre os que mais contribuem para a carga global de doenças, o Reino Unido desenvolveu uma das mais eficientes estratégias de redução de sódio em 2013. Nela, foram contemplados três componentes principais: melhoria da rotulagem, campanha de sensibilização dos consumidores e um modelo de redução apoiado pelo governo, que levou um conjunto de metas aos fabricantes de alimentos processados do país. Em três anos, essa estratégia contribuiu para uma diminuição global de mais de 7% no consumo de sal.

Segundo o estudo, existem reduções chaves que precisam ser realizadas para garantir o alcance da meta. Dentre elas, está a redução de 21% do sódio utilizado no pão branco, 27% no queijo duro, 42% nos embutidos e 54% nos alimentos prontos para consumo. O material também aponta que a Nova Zelândia precisará de estratégias nacionais lideradas pelo governo para conseguir um bom resultado até o ano de 2025.

No Brasil, existe o Plano Nacional de Redução de Sódio em Alimentos Processados, criado em 2011, através da parceria entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). Segundo dados divulgados em coletiva de imprensa em junho de 2016, o Plano já retirou 14.893 toneladas de sódio dos alimentos industrializados. A meta final é de 28.562 toneladas até o ano de 2020, por meio de retirada voluntária por parte das indústrias do setor.