Sal e sódio: conheça a diferença entre eles.

O sódio é um componente do sal de cozinha e fundamental para o bom funcionamento do organismo, quando consumido de forma correta

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o sódio e o sal não são sinônimos. O sódio é um componente do sal de cozinha e é essencial para o bom funcionamento do organismo, devendo ser consumido de forma moderada. De acordo com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), a sua deficiência pode provocar fraqueza, apatia, cefaleia, hipotensão, taquicardia e alucinações.

Por outro lado, o consumo abusivo de sódio pode ser prejudicial à saúde, pois aumenta o risco de doenças cardiovasculares, a exemplo do AVC (Acidente Vascular Cerebral), e elevação da pressão arterial.

A doutora Márcia Gowdak, diretora do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do estado de São Paulo (Socesp) e nutricionista responsável pelo Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), explica que a maior fonte de sódio na alimentação é o cloreto de sódio, mais conhecido como sal de mesa ou sal de cozinha.

“Ele contribui para importantes funções do corpo, como manutenção da pressão arterial em níveis normais, por meio do balanceamento dos fluídos corporais.” E acrescenta: “o sal agrega sabor, textura e consistência aos alimentos. Porém, quando utilizado em excesso, pode aumentar a pressão arterial e sobrecarregar o sistema renal, que não foi preparado para processar grandes quantidades desse elemento”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a SBH recomendam o consumo de 5g de sal (aproximadamente 2g de sódio) como a quantidade máxima recomendada de ingestão diária. Porém, na maioria dos países, inclusive no Brasil, o consumo varia entre 9 e 12g por dia.

“É importante ressaltar que para atingirmos a meta recomendada de consumo de 5g diariamente, devemos considerar que 2g de sal estão naturalmente presente nos alimentos e os 3g restantes devem ser consumidos por meio do sal que adicionamos em nossas refeições”, destaca a doutora. “Por isso, é importante ler as informações e instruções de uso dos produtos, contidas no rótulo”.

As informações nutricionais dizem respeito a uma porção do alimento, de acordo com a legislação. O consumidor deve ficar atento aos produtos que orientam no rótulo informações sobre o modo de preparo, diluição ou quantidade a ser utilizada. As informações contidas dizem respeito à forma de consumo especificado, inclusive a quantidade sódio. Se estas recomendações não forem seguidas, o produto final será alterado no sabor e quanto às quantidades de nutrientes. Não menos importante é a quantidade de sal que adicionamos nas preparações.

Para a nutricionista, “uma dieta equilibrada pode conter todos os tipos de alimentos, desde que consumidos em quantidade e frequência moderadas. Assim, o importante é estar sempre atento em variar o cardápio e às quantidades ingeridas, para manter uma alimentação balanceada”, explica.

Ela lembra, ainda, que a indústria de alimentos tem percebido a preocupação de consumidores com itens como o sódio e também tem desenvolvido produtos que apresentam quantidade reduzida deste componente.

Já encontramos nos mercados linhas diferenciadas de produtos com estas características para atender a demanda de redução de sódio. “Checar a melhor opção na gôndola do supermercado e ter atenção às informações nutricionais podem contribuir para um consumo mais consciente”, recomenda.

Fonte: Consumidor Moderno Consciente com informações de Assessoria de Imprensa SBAN